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Hobbies para estimular a criatividade para escrever

Dicas para escritores como escrever um livro de sucesso

Conselho mais estranho, não? Se você está em busca de um lugar ao sol no mundo literário, já deve ter se imposto a regra de escrever o máximo que puder. No entanto, sua mente precisa de ócio criativo. Matthew Fox diz que: “O trabalho deveria existir em função de viver. Não vivemos para trabalhar. Esta mudança em nossa percepção é necessária.” Pelo menos no seu planeta criativo, é preciso manter sua vivacidade interior como condição para o nascimento da boa arte.

Quem nunca ouviu falar das teorias de Domenico de Masi sobre o ócio criativo? Gosto quando ele visiona e diz: “A plenitude da atividade humana é alcançada somente quando nela coincidem, se acumulam, se exaltam e se mesclam o trabalho, o estudo e o jogo; isto é, quando nós trabalhamos, aprendemos e nos divertimos, tudo ao mesmo tempo. (…) É o que eu chamo de ‘ócio criativo’, uma situação que, segundo eu [penso], se tornará cada vez mais difundida no futuro.”

Parece incoerente falar de “desacelerar” com a realidade de escola, faculdade, trabalho, estágio, esposa, filhos, eventos, redes sociais orbitando dentro do nosso inconsciente como obrigações, obrigações, obrigações. Mas, sem tirar a pressão, vamos produzir ótimos relatórios burocráticos e pouco texto que vale ouro. Jacques Barzun explica que “nenhum criador, de qualquer magnitude que seja, jamais foi capaz de pular esse estágio mais do que uma mãe pode pular a gestação.”

Quem vive correndo para qualquer lugar desesperado não tem muito tempo para parar e definir suas metas e objetivos. Com menos velocidade, você tem mais nitidez sobre o sentido do caminho e acha prazer nele. Por isso, não apenas escreva sem parar. Pare para poder continuar a escrever. Sim, tenha um hobby ou um esporte para praticar, pois ajudam a reordenar os pensamentos e dá leveza ao seu ser. Pode descobrir emoções novas em uma viagem para a natureza; experimentar novos sabores por cafés em outros países ou se sentir mais forte enfrentando uma aula de treinamento TRX numa academia.

Esse último exemplo foi meu desafio do dia anterior ao que escrevo esse texto. Enquanto estava pendurada em cordas e tentando sustentar meu próprio peso, testei o limite da minha mente. O corpo tremia e eu focava toda minha cabeça em um ponto fixo no chão. Aguentei com foco, apesar de achar a contagem do professor muuuito lenta. Mas, eu não desistia e pensava “só acabo quando ele parar de contar e, não, quando a dor estiver mais forte.” Isso pode não ter nada a ver com escrever para você. Mas, sai de lá com meu cérebro mais treinado a suportar desafios. Espero nos próximos dias parar de andar feito um pinguim dolorida porque está patético. Rs. Brincadeira, quero que a próxima vez que eu sente para produzir um capítulo de livro, eu tenha a meta fixa de “criar o melhor texto e só levantar da cadeira quando me orgulhar do que produzi”. Veja como o TRX mexeu com meu espírito e vai permear o meu trabalho… Seja seu laboratório vivo!

Ter projetos paralelos é ótimo para conhecer pessoas novas e a abrir seus horizontes. Por exemplo, em meio ao meu trabalho de autora e do meu dia a dia como publicitária, escrevo para essa coluna Vida de Escritor aqui do Widbook. Ela me exige tempo, coração e dedicação. Não encaro isso como perder tempo em lugar de escrever livros, pois, eu devo contribuir para a sociedade de diferentes maneiras. Perceber que eu tenho outras entregas me torna alguém mais serena e menos ansiosa com resultados literários, propriamente ditos.

Se você apenas escreve como dupla jornada de trabalho, quando chega em casa todos os dias, pode, de repente, se sentir muito exausto, se cobrar resultados imediatos e se frustrar. Ser artistas é um estilo de vida que você leva consigo, não é bem um cargo ou posto. Precisa ter o seu momento de ócio e hobby para as próximas batalhas com mocinhos e bandidos do papel… ops, da telinha do seu pc.

Minha diva Clarice Lispector já dizia: “Depois de toda luta e cada descanso, quero me levantar forte e pronta, como um cavalo novo”.

Eu prefiro, Clarice, voltar como uma borboleta nova que sai da casca.

Agora, me conta, qual é seu hobby? Tem um ou gostaria de arriscar começar algum um dia? O que faz para se distrair?

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