Blog da Li

Namorada de Militar

Blog da Autora Li Mendi de Livros de Romance na Amazon

Minha amiga Lucy e eu estávamos conversando sobre os tipos de namoradas de militar que existem.

Li: _Lu, eu reparei em uma coisa. Quando a gente conversa nem sempre o foco do assunto é o nosso namoro com os nossos respectivos milicos. Pelo contrário, a gente fala sobre cinema, livros, bobeiras, mais televisão, bobeiras, jornais, bobeiras. (risos). Por que será que nem todo mundo é assim? Já reparou como há quem só saiba falar 99% do tempo no próprio namoro?

Lucy: _É verdade, Li. Eu já reparei, sim. Inclusive, no início do meu namoro eu só sabia falar nisso. No relacionamento, no meu namorado, nas coisas relacionadas a isso. Sempre inventava um jeito de colocá-lo na conversa. Hoje, relembrando, não culpo as pessoas de terem reclamado que eu falava demais nisso. Um dia, alguém me disse que eu falava tanto que isso passava uma imagem de insegurança… parei para analisar e reconstruí meus sentimentos sobre o assunto. Com o tempo, já não sentia aquela necessidade de compartilhar tudo, sabe? Comecei a me sentir melhor guardando para mim do que jogando aos quatro ventos tudo o que tinha vontade de falar. Foi e está sendo bem melhor assim.

Li: _ Se bem que eu já fui assim. No começo, havia tantas confusões na minha cabeça, que eu queria tirá-las à limpo e pobres dos ouvidos das minhas amigas. (Claro que eu, quando estou triste desabafo e, em momentos felizes, quero contar as novidades, mas isso não é tudo de que sei falar.) Quem saiba isso pode até mesmo ser visto aqui no Blog. Pois até as temáticas que eu tenho vontade de escrever mudaram. Não consigo mais falar só sobre momentos críticos, minha cabeça mudou um pouco. (Lembrando que todos os textos são bem vindos sempre, principalmente os desabafos, viu, meninas? Só digo por mim mesma). Compreende?

Lucy: _ Claro!!! Oras, creio que todas passam por fases. Começam falando muito, diminuem um pouco (forçando mesmo), e depois elas entram na fase da serenidade, quando não sentem mais uma necessidade mórbida de falar sobre si, sobre o namorado… começam a expor menos. Dizem que isso é uma necessidade de auto-afirmação na situação. Tipo, insegurança mesmo… não consigo ver dessa forma. Eu, por exemplo, tinha necessidade de compartilhar com os outros o que eu estava sentindo, porque era muita felicidade e eu “queria confete”, sabe? Rir com alguém, contar as presepadas e tudo… mas, tem gente que não é assim. Já reparou que tem mulheres que falam do relacionamento o tempo inteiro mas com um tom diferente? Tipo aquelas pessoas que sempre dizem “ah, mas comigo é pior…”, não é? Estas não sabem ouvir, apenas falar. E falam muito mais do que todo mundo junto.

Li: _ Esse tipo seria a “A injustiçada”

Lucy: _É, e tem aquelas tipo “the best one”, estas são as que sofrem mais, o namorado delas é o melhor, o mais bonito, o mais inteligente…

Li: _ E ai de quem tentar provar o contrário! Ah! E a “Exterminadora do futuro”? Ela sempre vai acreditar que o melhor é o namorado sair dessa carreira, entrar em um concurso público, porque ela não aceita de jeito nenhum o mundo militar em que ele vive.

Lucy: _(risos) Essas, sim, sabem “Como perder um homem em dez dias”! E o oposto delas? São as “Mulheres Perfeitas”! Tudo está bem, se ele não liga, não manda recado, não dá sinal de vida por três meses… “Ah, ele está em missão, gente”. Tudo bem que ele não disse nada, mas ela, como mulher perfeita, sabe que se ele não avisou é porque não tinha cartão pra ligar, ou não teve tempo, ou não teve… Enfim, ele sempre será justificado por ela. Nem precisa se dar ao trabalho de inventar desculpas, elas inventam isso por eles! E mulher perfeita é uma fonte I-NES-GO-TÁ-VEL de desculpas amarelas, roxas, rosas, arco-íris!!! Sempre tem uma justificativa altamente convincente pra qualquer presepada que eles aprontem com elas. Aiaiai…

Li: _ Ahhh! <*balançando as mãos no ar*> Tem também as que não acompanham a carreira dele nem por falta de tempo, nem porque ele dá ou não brecha para isso, o fato é que simplesmente elas não querem nem saber. Está no mundo da lua, como a Lucy (a do filme! rs, não você) de “Como se fosse a Primeira Vez”. Elas não vêem o futuro dos namorados progredirem, parece que pararam no tempo e só vêem a si mesmas.

Lucy: _(risos) É. Não que a do filme seja assim, afinal ela perdeu a memória e tal. Mas, é como se os namorados, quando distantes, ficassem assim: numa memória guardada que só é resgatada depois que alguém a desperta (como no filme, quando contavam para ela sobre tudo o que aconteceu). Mas, ainda faltam as “Transformers”! Eu falo daquela namorada que está no time do Megatron (o malvado)! Além de destruir a si mesma, o próprio relacionamento e a vida, acaba estragando a vida das outras com alfinetadas, teorias conspiratórias malucas, tão malucas que até algumas meninas menos experientes (mais inocentes) se deixam levar pelas doideras! A Namorada-Megatron se sente realizada quando joga minhoca na cabeça das outras, sempre vendo chifre em cabeça de cavalo e tentando convencer todo mundo do que vê. Ela sempre mostra um ângulo da situação que, supostamente, põe em dúvida a fidelidade dos namorados, até do dela mesma! Mas, se você pára para analisar, é tudo asneira de quem é insegura e infeliz e, por isso, quer destruir a segurança dos outros. Como um jogo cruel em que se ganha pontos por cada coração que se consegue envenenar! Para mim, é o exemplo típico de uma sabedoria que meu pai dizia: ninguém quer estar na lama sozinho! É deprimente…

Li: _ Nossa, tantos tipos de namoradas. E nós? O que somos?

Lucy:_Hmm… Sinceramente, eu creio que sou a namorada Transformer do Optimus Prime (por causa da busca pelo que é bom), com uma pitada de “Lucy” do filme (por causa da inocência diante das situações, sempre buscando viver as emoções como se fosse a primeira vez), mais “Miss Simpatia”, que não é só mais um rostinho bonito, e sim, uma mulher polivalente e multifacetada. Mas, é claro… tenho meus momentos (esporádicos) de “Mulheres Alteradas”, afinal, a adrenalina faz parte do show!E como em toda comédia romântica, sempre há um final feliz!

Li: _ Eu sou… Abre a tampa do liquidificador para mim. Abriu? Uma colher de Joanna de “Mulheres Perfeitas”, duas Kates inteiras de “Sem Reservas” e dois copos americanos de Beverly D’Onofrio de “Os Garotos da Minha Vida”. Feche a tampa, bata por três minutos e sirva em porções diárias.

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