Amor e Sexo

Onde está aquele beijo do pecado?

Beijo do Pecado - Li Mendi

Globo não sabe se teve estupro no BBB. (essa é velha). Globo corta provável cena de sexo (essa foi de ontem). Mais BBBs “fazendo movimentos” no edredom. (adoro os eufemismos jornalísticos).

Eu me pergunto a que ponto chegamos na anestesia dos corações, no vazio e pobreza dos sentimentos. Todos parecem zumbis, sem alma, sem cor, sem vida, se esfregando, implorando um amorzinho rápido. A palavra amor já foi prostituída.

O desejo de um beijo verdadeiro, onde está? Aquele sentimento de dar 10 anos de uma vida em troca de poder só mais uma vez beijar aquela pessoa, aquela boca tão amada? A vontade que se consome e aumenta, por isso dói.

Não é uma vontade bêbada, é uma vontade consciente, racional, que sabe das conseqüências! Não se importa com ela, mas sabe. Onde está o beijo pecaminoso, proibido, roubado, implorado? Aquele pelo qual uma vida inteira valeu o sentido?

Aquele sentimento de ter perdido parte do corpo quando damos um beijo a alguém que não nos quer mais, ou que nos traí e vai buscar o beijo de outra. Quando o beijo tem tanto valor que o fato de não ser desejado mais ou rejeitado é como a morte de um órgão vital?

Lembro que estava com o amargor na boca justamente pela negação de um beijo, triste, desolada, dançando numa noite quente, sem metas ou planos, quando um desconhecido (sim, juro, nem sabia seu nome)puxou minha cintura e me deu um longo, forte, quente beijo delicioso. Eu empurrei, resisti, mas… mas… o beijo… era um beijo assim… anh um beijo… nossa…que beijo… só mais um pouquinho… eu já vou parar esse beijo… meu deus…. que beijo é esse?

Abri os olhos e vi um sorriso, pisquei, engoli em seco, procurei o ar. Mas, o que significara aquilo?! Eu queria uma explicação já! Agora! Mas, veio outro beijo.

Depois daquela noite, ele ligou, mandou e-mails, me caçou com um afinco irritante, enervante. Insistiu, falou que não ia aceitar não. Deu órdens, protestou, bateu o pé, perseguiu. Venceu. O que queria? Queria meu beijo para sempre e não o dividiria com mais ninguém.

Porém, me pediu que o esperasse, pois estava indo morar em outro estado. Como?! Sim, ele em Sampa e eu, no RJ por 2 anos. Isso não ia durar! Não era possível! Estávamos no século XXI! Ninguém dá um beijo quinzenalmente!

Mas, quando ele tocava a campainha, eu sentia meu coração na boca, corria, abria a porta e pulava no seu colo, envolvia seu pescoço com os braços e nos beijávamos loucamente. Foram anos duros, mas o beijo nos esperava sempre com um desejo rompante.

Sete anos depois, esse beijo é dado todos os dias de boa noite.

Veja, o beijo desejado, intempestuoso, que nunca mais quer deixar de ser, que pretende ser diário, eterno ficou nos livros de romance para muitas pessoas.

É triste que a promiscuidade da TV tenha banalizado as relações humanas. Na verdade, não é a TV a vilã, ela é só espelho.

 

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