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Qual o melhor lugar para escrever bem?

Dicas para escritores como escrever um livro de sucesso

O melhor lugar é aquele em que não dói as suas costas, onde seu filho não te chama, onde você não tem nenhum apelo visual e de plim-plim do zap, ou… Falando sério, o lugar perfeito não existe para nós que escrevemos no bloco de notas do celular, em pé no metrô, sentado no ônibus ou em algum café, porque a vida não para.

Não vivo num mundo fantástico de Nárnia onde posso passar o dia inteirinho escrevendo. Se tiver a chave de lá, me convide. No entanto, é importante que tenha um espaço que estimule a sua criação. Nesse caso, cada escritor é despertado de uma forma. Eu, por exemplo, gosto de sentar no sofá e colocar uma música antiga para tocar quando estou criando um livro. Mas, acho mais prático e confortável sentar à mesa para atualizar as redes sociais, visto que é necessário trabalhar com o mouse e pegar anotações. Note que são dois momentos diferentes.

Independente disso, te convido a não ficar refém do ponteiro do mouse, piscando diante da telinha branca, na hora de criar. É uma forma de pressão absurda, porque somos empurrados a escrever imediatamente e já da forma correta. Parou para refletir que as teclas “backspace e delete” podem ser opressoras? Que tal, ter um caderno, canetas e postits à mão? Se afaste algumas horas da tecnologia do pc e do celular e fique mais descompromissado para criar de maneira menos cartesiana, certinha. Não ligue se a letra estiver ruim, rabisque, coloque asteriscos e complemente com observações e desenhos na lateral da página. E pense que se algo não fluir bem, não tem problema, porque depois você vai reler e decidir na hora de digitar e digitalizar.
Tente uma vez este método e perceberá que vai escrever blocos de páginas de maneira mais livre, criativa e solta. O filtro, a triagem e a visão editorial virão depois na digitação.

Já sei, está pensando “poxa, mas, leva mais tempo”. Muita coisa leva tempo na vida: fazer luzes no cabelo, escova progressiva, lavar seu carro, esperar a fila do banco ou aguardar a namorada se arrumar para a festa. Será que o benefício que vai provar não te dá mais vantagem que prejuízo? Posso deixar outro toque? Um texto é igual massa de bolo, precisa descansar um pouco para voltar a ele. Espere algumas horas, ou um dia, e verá que mudará alguns detalhes e se sentirá bem por estar polindo a pedra bruta das palavras. E, mais: te facilita a ficar mais esperto e atento aos erros de “continuísmo”, onde nos contradizemos com alguma data, nome ou lugar que referenciamos, no capítulo anterior. Seu cérebro está mais alerta e “não viciado com o texto”. Vale a pena! O que importa é qualidade e, não, só rapidez. Hei, não é uma máquina que sai livros do outro lado. Você quer fazer uma obra inesquecível para seu grupo de seguidores. Eles podem, sim, aguardar seu tempo. Não fique desesperado com a cobrança, porque se publicar um capítulo por hora, ainda sim será cobrado.

Voltando ao local da criação. Seu corpo inteiro pode participar. Deite, sente, troque de lugar, feche os olhos, relaxe, cruze a perna. Participe no momento da criação entre você e o caderninho. Se não estiver completamente dentro disso, acabará elaborando um textinho tão chato como relatório numérico de trabalho. Não quer dizer que é só assim que sai uma boa redação, estou apenas te convidando a relaxar e se afastar das pressões. Que tal dar o benefício da dúvida e tentar?
Eu curto organizar um quadro com postits e metas de quando vou fechar as partes do livro, tenho um excell com os roteiros e cronogramas impresso à mesa. Mas, isso tudo ao meu redor ao criar pode estimular a uma cobrança de eficiência e rapidez interna. Sendo assim, eu tento mostrar ao meu corpo e cabeça o clima do momento. No sofá, sou livre e largada em torno de biscoitos, café, chocolate, música, canetas e caderno; Ali na mesa, sou uma profissional metódica, organizada e comunicóloga.

-“Ahhh, Li! Eu tenho problema de coluna e não rola largar a mesa”.

Que tal ter duas mesas? Uma cheia de utensílios analógicos: canetas, postit, caderninhos, borracha, marca texto. E outra mesa tecnológica com pc, celular, fones, tablete, planilhas e itens mais formais. Não é possível? Então, feche o laptop e deixe-o em cima da mesa, junto com o celular no silencioso. E deixe a mesa no modo “criativo” apenas. Veja como adequa seu ambiente de trabalho a sua maneira.

Eu confesso que, no ano novo de 2014, fiquei dias num lugar sem internet e escrevi muito em um caderninho com uma simples Bic. Percebi que até mesmo quem tem experiência com roteirização e criação de personagens também necessita se sentir solto para se inspirar.

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